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01.11.2022

Pesquisa: 95,4% dos brasileiros acreditam que prevenir o parto prematuro deveria ser uma prioridade para o governo

O problema, foco da campanha Novembro Roxo, é a principal causa de mortalidade infantil.

O parto prematuro é a principal causa global da mortalidade infantil antes dos 5 anos de idade e o Brasil é o 10º colocado no ranking mundial dos países com mais nascimentos prematuros. Diante das alarmantes estatísticas, para 95,4% dos brasileiros, as políticas públicas relacionadas à prematuridade devem ter alta prioridade, sendo 74,1% afirmando que essa priorização deve ser muito alta e 21,3%, alta. Os dados integram levantamento feito pela ONG Prematuridade.com, única organização sem fins lucrativos nacional dedicada à causa da prematuridade, e somam forças com a campanha Novembro Roxo, mês que tem o dia 17 como Dia Mundial da Prematuridade, e que traz o alerta às famílias e toda sociedade sobre o crescente número de partos prematuros, suas causas e consequências.

A Pesquisa de Opinião sobre a Prematuridade foi realizada de forma online, entre os dias 3 de agosto e 20 de setembro, e registrou 1.433 participações de pessoas de todo o Brasil. O bebê é considerado prematuro quando nasce antes da 37ª semana de gravidez - uma gestação completa varia entre 37 e 42 semanas. “Nosso objetivo com esse levantamento foi avaliar a percepção e o grau de conhecimento das pessoas sobre o tema, já que estamos falando de um dos problemas sociais mais graves do país, que ainda é desconhecido por muitos”, fala a diretora executiva da ONG Prematuridade.com, Denise Suguitani.

De acordo com o Ministério da Saúde, todo ano são registrados em torno de 340.000 nascimentos prematuros no Brasil, o equivalente a seis casos a cada dez minutos.

Desconhecimento

Problema de saúde pública, a questão ainda é permeada por desinformação. O levantamento da ONG Prematuridade.com mostra que 30% das mães e pais de bebês prematuros desconheciam totalmente o tema antes de eles mesmos passarem por essa experiência; 30% conheciam muito pouco e 28% possuíam praticamente nenhum conhecimento sobre o assunto. “Isso nos mostra a importância de incluirmos o tema da prematuridade na formação e na capacitação contínua de profissionais de saúde que atuam na fase anterior ao parto, como os da Atenção Básica, para que possam informar as famílias, de maneira adequada e acolhedora, que muitas vezes um parto prematuro pode acontecer, mesmo sem sinais prévios”, salienta Denise.

Ainda na pesquisa, a maior parte dos participantes (55,6%) desconhecia o fato de que o parto prematuro é hoje a principal causa global da mortalidade infantil antes dos 5 anos de idade.

Já sobre o Brasil ser o 10º colocado no ranking mundial de partos prematuros, 64,6% desconhecem essa realidade, contra 35,4% que informaram ter ciência a respeito. “Isso também mostra que é preciso fazer um trabalho forte de sensibilização da população em geral sobre essa temática, para gerar mais engajamento no trabalho de prevenção e garantia dos direitos dessas famílias”, diz Denise.

Os impactos do nascimento prematuro

Uma situação preocupante envolve os bebês chamados “termo precoce”, nascidos entre a 37ª e a 38ª semanas gestacionais, muitos deles de cesáreas eletivas - quando não há indicação técnica para esse tipo de parto. Pesquisas na área apontam que os nascidos nesse perfil podem apresentar resultados de saúde mais semelhantes aos nascidos prematuros do que aos nascidos no período “a termo”, com mais de 39 semanas de gestação.

Um outro levantamento feito pela ONG Prematuridade.com, em 2019, com mais de 4 mil famílias, identificou que o tempo médio de permanência do bebê prematuro na UTI neonatal, após o nascimento, é de 51 dias. “É uma situação que impacta diretamente a Saúde Pública e afeta, muitas vezes de forma irreversível, os pais e os bebês, tanto física quanto emocionalmente”, pontua. “Por isso, é cada vez mais evidente a necessidade de grandes campanhas de conscientização sobre o assunto, além de políticas públicas que visem a redução do número de partos prematuros, fortalecendo programas de educação sexual na adolescência, planejamento familiar e acompanhamento pré-natal de qualidade”, conclui.

Ações do Novembro Roxo

Ao longo do mês de novembro, a ONG Prematuridade.com fará série de atividades, online e presenciais, em alusão à campanha mundial.
Confira algumas ações:

-12 e 13 de novembro: Virada Cultural Online da Prematuridade (YouTube)
- 17 de novembro - Campanha de conscientização, informação e alerta para a população, com distribuição de panfletos, na estação de metrô Vila Sônia, Linha 4, das 12h às 16h
Maratona de lives do Dia Mundial da Prematuridade (Instagram, YouTube, Facebook e LinkedIn)
- 18 e 19 de novembro: Evento online da Liga Interdisciplinar ONG Prematuridade.com (YouTube e Facebook)
- 19 de novembro: Caminhada no Parque dos Coqueiros, em Florianópolis (SC), às 9h
- 20 de novembro: Caminhada no Parque da Redenção, em Porto Alegre (RS), às 10h / Encontro da Prematuridade no Eixão Sul em Brasília – concentração às 8h, caminhada às 9h
- 27 de novembro: Caminhada da Prematuridade de SP, 10h, em frente ao MASP, na Avenida Paulista

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