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26.06.2018

Bebês em UTIs do DF correm risco por falta de cateter de alimentação

A falta de um tipo de cateter na rede pública de Saúde do Distrito Federal está colocando em risco a vida de bebês que nasceram com baixo peso. A informação está descrita em um memorando assinado por servidores do Hospital Regional de Santa Maria. O G1 teve acesso ao documento nesta quinta-feira (21).

O texto, datado do último dia 7, foi assinado pelo chefe do Núcleo de Farmácia Hospitalar da unidade. No documento ele diz que a falta do insumo "incorre no risco de morte [sic] dos pacientes envolvidos", principalmente os bebês que estão internados na UTI neonatal.

Além disso, um outro documento – do Núcleo da rede Frio da Secretaria de Saúde – diz também que há baixo estoque de seringas de 1 mililitro, usadas para aplicar doses de vacinas essenciais, como as que protegem contra a febre amarela e o sarampo. (entenda na foto abaixo)

Em nota, a Secretaria de Saúde confirmou que toda a rede pública do DF está sem estoque de "cateteres centrais de inserção periférica", como são chamados.

Os insumos são necessários para dar acesso a sondas que alimentam as crianças ou a tubos que levam medicamentos à veia, em caso de alguma patologia.

Tem previsão?

No comunicado enviado à reportagem, a pasta disse ainda que o motivo do desabastecimento é o "fracasso de dois pregões eletrônicos". O processo licitatório não teria prosperado "devido à má qualidade do produto [catéteres de silicone] apresentado pelas empresas interessadas".

Apesar da situação, o GDF afirma que os estoques nas UTIs podem ser recompostos a partir do próximo dia 10 de julho, quando o hospital deve receber mais verba.

O prazo para finalizar os processos de compra – emergencial e regular – e garantir fornecimento por um ano, no entanto, não foi informado.

Faltam seringas

Além dos cateteres para uso em recém-nascidos, servidores da Saúde denunciam também o baixo estoque de seringas de 1ml, usadas para aplicação de vacinas contra febre amarela e tríplice viral.

Segundo o último balanço, feito há uma semana, havia apenas 500 unidades na rede pública. O consumo médio mensal é de 32 mil unidades.

Sobre a situação, a Saúde diz que as seringas já foram adquiridas, mas a empresa vencedora da licitação "atrasou a entrega do insumo".

Em nota, a pasta esclarece que as salas de vacina têm feito remanejamentos, umas com as outras, para evitar que os pacientes deixem de ser imunizados.

Em um texto publicado no próprio site, o Sindicato dos Empregados em Estabelecimento de Serviços de Saúde (Sindsaúde) diz que vai entrar com uma representação no Ministério Público contra o que eles consideram uma "omissão cada vez mais recorrente na gestão da saúde do DF".

Confira aqui a reportagem do Bom dia Brasil.

Fonte: G1.

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