“Minha gravidez foi complicada. Eu me sentia extremamente cansada, enjoava por tudo e cheguei a perder 8 kg durante a gestação. No dia 25 de março de 2016, eu acordei com fortes dores. Como já havia tido alguns sangramentos, fui direto para a maternidade. Cheguei ao hospital já em trabalho de parto.
Téo veio ao mundo com 25 semanas e dois dias, pesando 770 gramas e com 34 cm. Sofri muito durante o parto, e, no final, já não tinha mais forças, então foi preciso o obstetra puxá-lo pelas perninhas, causando sérios machucados nele. Devido à prematuridade dele e as intercorrências do parto, só pude vê-lo horas após o seu nascimento. Ele estava em uma incubadora improvisada, já que na UTIN não tinha leitos disponíveis naquele momento.
Quando cheguei, antes mesmo de vê-lo, a médica me chamou de lado e explicou a situação dele, disse que só pela sua prematuridade as chances de sobrevivência eram poucas. Somando isso ao fato dele não estar numa incubadora “de verdade” e as complicações do parto, suas chances de sobrevivência eram quase nulas.
Quando finalmente pude vê-lo, estava desesperada, mãe de primeira viagem, sozinha com um bebê prematuro que, praticamente, tinha sido sentenciado à morte. Em meio ao meu desespero e medo, toquei na sua mãozinha, e, nesse momento, ele segurou meu dedo com tanta força para alguém tão pequeno e frágil que naquele instante eu soube que tudo ficaria bem.
Téo passou 82 dias no UTIN, 45 dias deles estava entubado e 10 dias na enfermaria. Entre as várias intercorrências desse período estão infecção, icterícia, sangramento cerebral nível I, 8 transfusões de sangue e duas de plaquetas. Apesar de tudo isso, meu reizinho conseguiu se recuperar plenamente. Hoje ele está com dois aninhos, saudável, inteligente e muito sapeca”.
(Relato da mamãe Sávia, enviado em 2018)