19 de Janeiro de 2023

Sexta-feira 13, salvadora! A história da pequena Paula

Sexta-feira 13, salvadora!

O dia mais intenso de minha vida, eu vivi numa sexta-feira 13, em setembro de 2019, que, nas palavras da médica foi uma sexta-feira salvadora

É assim que gosto de lembrar-me desse dia, como salvador, além de todas as coincidências daquele dia.

Minha esposa estava grávida de 29 semanas e desde a 12ª semana nossa filha estava com restrição de crescimento intrauterino (RCIU), por conta da pré eclampsia, que causou alteração de doppler, por isso, já vínhamos acompanhando semanalmente com consultas médicas e ultrassom. Naquele dia foi realizado um ultrassom, no período da manhã, que estimava o peso da Paula Antônia em 836 gramas. Estávamos muito receosos do que viesse a acontecer, até que a tarde tudo fugiu de nosso controle e nosso destino foi decidido pelos médicos e por Deus.

Eu digo que tudo foi uma coincidência do destino, porque o nome Paula foi escolhido para batizar a minha filha em homenagem a minha falecida vó, a quem eu fui muito apegada, e, coincidentemente, o aniversário dela também era no dia 13 de setembro. Justamente o dia em que minha filha precisava nascer, pois minha esposa entrou no estágio de síndrome hellp, sendo que a única alternativa era o parto prematuro, mesmo sabendo do peso estimado da Paulinha em 836 gramas. Então, naquela noite de lua cheia, sexta-feira 13, as 11 horas e 27 minutos a Paula nasceu, pesando apenas 872 gramas e medindo 33 centímetros.

Eu acompanhei o parto, minha esposa Géssica estava sedada, não viu nada, e, por um milagre, a Paula chorou ao nascer, coisa que o médico não esperava que acontecesse, pois o pulmão dela não estava maduro e ela não estava pronta para o nascimento.

Desde então fui uma luta. Foram 51 dias de UTI neonatal e mais 12 dias de internação até a alta hospitalar.

A Paula passou por transfusões de sangue, entre outros procedimentos, sempre com o corpinho invadido por cateteres, sonda e oxigênio.

A Paula ficou os primeiros 8 dias de vida sem se alimentar, pois o estomago rejeitava tudo o que recebia, então, ela recebia uma nutrição parenteral total – NPT. E somente no oitavo dia ela se alimentou pela sonda com 3ml de leite materno. A partir de então foi uma luta para ela se alimentar, era muito sofrido para nós pais vermos ela se alimentando por sonda e a cada ml que aumentava na nutrição dela era uma conquista. O ganho de peso foi lento e a Paula veio para casa pesando 1,8kg.

A Paula foi um exemplo de força e determinação, ela fez todo o possível para sobreviver e nos ensinou a lutar, a não duvidar e a crer até mesmo no impossível.

Hoje, em nossa casa, ela esbanja felicidade e vida!

Ituporanga/SC, sexta-feira, 13 de março de 2020.

Responsabilidade do conteúdo por conta do autor, não reflete o posicionamento da ONG. Não nos responsabilizamos pela veracidade dos fatos.

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