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Maternidade em Campo Grande fez 29 partos de bebês vítimas das drogas
20/10/2018
Com apenas dois meses de vida, Aninha luta contra um problema que muito adulto não consegue superar: o vício em drogas. “Herdado” da mãe, que é usuária de crack e moradora de rua, o desafio é mais um na vida da menina, que sobreviveu a um parto prematuro, feito no meio da rua, e nasceu pesando apenas 1 kg.
Hoje, com 1,870 kg e 41 centímetros, ela já não sente tanto os efeitos da abstinência e conta com a ajuda de enfermeiras da Maternidade Cândido Mariano, em Campo Grande, e de uma cuidadora judicial para se manter saudável, mas sofre com a falta da mãe, que nem sequer lhe deu um nome.
“Nós, carinhosamente a chamamos de Aninha, mas ela ainda não foi registrada, e a última vez que a mãe apareceu foi há mais de 50 dias”, conta a assistente social da maternidade, Taline Ricardino.
Todo mês, pelo menos três bebês nascem com dependência química no hospital. O vício se desenvolve ainda no ventre das mães, que, na maioria dos casos, abandonam as crianças. Do início do ano até agora, a unidade – que é referência no assunto na Capital – fez 29 partos de bebês com dependência, problema chamado pela medicina de síndrome de abstinência neonatal (SAN).
“A síndrome de abstinência neonatal é um assunto bastante simples e, ao mesmo tempo, complexo. A mãe usa drogas e passa do sangue dela para o sangue do bebê, então ele faz o uso com a mãe. Quando o bebê nasce, a droga para de entrar, porque cortou o cordão umbilical e, como ele estava sempre com a droga circulando no sangue, vai sentir abstinência. Por outro lado, pelo fato de cada caso ser diferente do outro, se torna um pouco mais complicado”, afirma a médica Maria Cláudia Rosseti, que é a responsável técnica pela UTI neonatal da Cândido Mariano.
A síndrome de abstinência em bebês pode durar de 1 semana a 6 meses e gera distúrbios psicológicos e clínicos. “Nós temos os casos sintomáticos e os assintomáticos. Se ele for sintomático, o bebê apresenta irritabilidade, diarreia, tremores, espasmos, convulsão, chora o tempo todo. Já os assintomáticos são mais difíceis de detectar, a criança pode ser até quietinha demais, de qualquer forma, a assistente social informa que a mãe é usuária e a gente coloca o bebê em observação”, explica a médica.
Os casos mais complexos são os em que as gestantes estão em situação de rua, muitas vezes por consumir drogas, principalmente o crack. “Nesses casos, a mulher engravida e mantém o uso da droga, até o momento do parto, quando é levada ao hospital, na maioria dos casos, sob o efeito dela”, diz.
Outro problema é que não são apenas drogas ilícitas que causam a síndrome, mas também os medicamentos. “Antidepressivos, remédios para tratamento de câncer, todos são perigosos e exigem atenção”, relata.
Fonte: Correio do Estado (notícia original publicada em 13/10/18).
(Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado)
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