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15.11.2022

5 coisas que mães de prematuros gostariam que toda grávida soubesse

Como mãe de prematuro, a escritora americana Carolyn Mueller compartilha dicas para que as mullheres passem pela gravidez mais bem informadas e preparadas para um possível parto antes da hora.

Quando estava grávida pela primeira vez, a escritora americana Carolyn Mueller demorou alguns dias até perceber que sua bolsa amniótica havia rompido. Ela estava com 34 semanas de gestação e, por ainda estar "longe" da data prevista para o parto, nem passou pela sua cabeça que o líquido que vazava já era um sinal de que o bebê estava chegando. Mas, de fato, era. Quatro dia depois, deu à luz e o bebê nasceu com 35 semanas de gravidez.

"Eu nunca imaginei que eu fosse ter um bebê prematuro. Eu planejei minha gravidez e me informei bastante, lendo livros sobre bebês e fazendo cursos de parto no hospital onde planejava dar à luz. Mas em pouquíssimos momentos me deparei com alguma informação sobre como seria caso tivesse um parto prematuro", disse.

Em um depoimento ao site Motherly, a escritora falou sobre os aprendizados que teve depois de dar à luz antes do esperado. A seguir, ela compartilha conselhos que, como mãe de prematuro, gostaria de ter ouvido enquanto estava grávida:

1. Pode acontecer com qualquer uma

"Eu tinha 32 anos e uma rotina saudável quando dei à luz. Me exercitei, mantive a pressão arterial normal e comi bem. Não havia razão para suspeitar que eu teria um parto prematuro. Durante meu curso de parto, a enfermeira me disse que começaria a fazer as malas para a maternidade com 36 semanas de gravidez. Nunca suspeitei de que seria tarde demais. Depois que tive meu filho, compartilhei minha experiência com outras amigas, dando um conselho gentil de que o parto pode acontecer a qualquer momento e que mesmo gravidezes saudáveis nem sempre saem como planejado.

Eu queria que minhas amigas ouvissem seus corpos, em vez de ignorar os sintomas, como eu fiz. Demorei para processar que meu parto prematuro não era minha culpa. Eu fiz tudo o que pude para levar uma gravidez saudável. Nos abrir para a maternidade também é nos abrir à possibilidade de que as coisas podem dar e talvez dêem errado."

2. É uma experiência difícil

"Quando fui para o hospital com suspeita de rompimento de bolsa, a enfermeira me disse que eu não sairia de lá sem o bebê. Me pareceu loucura. Menos de uma hora antes, eu estava no trabalho. Meus presentes de chá de bebê ainda estavam empilhados na minha sala de estar. Eu não tinha uma mala de maternidade e ainda não tinha comprado fraldas. Mesmo indo para o hospital, presumi que seria examinada e voltaria para casa. Eu não estava pronta para dar à luz.

O choque é uma reação natural ao parto prematuro, especialmente como mãe de primeira viagem que fica com a data prevista de parto na cabeça. Me lembro de chegar em casa com meu filho e ver minhas coisas do trabalho exatamente onde as deixei ao lado da porta da frente. Parecia irreal que minha vida pudesse mudar tão dramaticamente em poucos dias. Foi aí que recorri à minha rede de apoio. Meu bebê pode até ter chegado antes da hora, mas isso não significa que eu precisava enfrentar toda essa mudança sozinha."

3. Um bebê menor não significa um parto mais fácil

"É mais fácil dar à luz um bebê menor? Normalmente, sim. Mas isso não significa que dar à luz prematuramente seja a melhor opção. O parto prematuro vem com uma série de preocupações e estressores com os quais a maioria dos pais de bebês nascidos a termo não têm que lidar. Além do choque da experiência, há preocupação com a saúde imediata e de longo prazo do bebê e as implicações para futuras gravidezes. As mães que querem amamentar bebês prematuros são incentivadas a amamentar e bombear leite. É estressante e cansativo.

Bebês menores podem até passar mais facilmente pelo canal do parto, mas eles não podem perder peso nos primeiros dias. Bebês prematuros também têm mais dificuldade em processar a bilirrubina, então, estão em maior risco de icterícia. Mesmo que um bebê prematuro seja grande, como meu filho, há a preocupação de que seus pulmões possam não estar totalmente desenvolvidos. A gravidez e o parto podem vir com muitos desafios — incluindo dar à luz um bebê grande — mas dar à luz um bebê prematuro é muitas vezes um dos cenários mais assustadores que uma nova mãe pode enfrentar.

4. Profissionais de saúde saberão como te ajudar

"O parto prematuro é chocante e estressante. Mas respire fundo: a comunidade médica sabe como lidar com esses cenários. Existem esteróides para facilitar o desenvolvimento pulmonar do bebê, há incubadoras, tubos de alimentação e médicos e enfermeiros incríveis para cuidar de um bebê prematuro. Essas pessoas estão lá para ajudar."

5. Vai ficar tudo bem

"Tive sorte de meu bebê ter sido considerado um bebê prematuro tardio, o melhor cenário possível. A história de cada um é diferente. Há histórias tristes que vêm com a prematuridade, mas, na maioria dos casos, vai ficar tudo bem.

O parto prematuro foi a forma como inaugurei minha jornada de maternidade, mas eu (nós, na verdade) consegui. Apenas alguns meses após o primeiro ano do meu filho, já parei de considerar seus marcos do desenvolvimento a partir da vantagem de sua "idade corrigida". Agora, meu bebê prematuro é uma criança grande e bastante teimosa. O trauma de seu dia de nascimento é coisa do passado. Está tudo bem. Há um futuro brilhante para nós dois juntos.

Eu gostaria de poder voltar ao momento em que chorei naquela cama de hospital e mostrar essa versão de mim e do meu filho. Embora o parto prematuro seja uma parte de sua história, ele não é tudo e não vai definir a vida do meu filho para sempre. Se eu pudesse, diria a outras mães para respirarem fundo. Este é apenas o começo."

Fonte: Crescer

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