21 de Outubro de 2025

Meu milagre

Olá, mãezinhas...

Tudo começou quando decidi que estava na hora de ser mãe, já com cerca de 32 anos de idade. Conheci o pai do meu bebê e, depois de um ano de relacionamento, começou a saga.

Na primeira consulta, a médica disse que eu precisaria de, no mínimo, um ano para engravidar, pois eu tomava anticoncepcional há muitos anos. Então passou um ano e nada... dois anos e nada também.

Começou, então, a fase de investigação com vários exames, dentre eles a tão dolorosa salpingografia. Fiz esse exame três vezes, com intervalos para tratamento entre cada uma. O último diagnóstico foi trompa obliterada bilateral e útero retrovertido — em resumo, não poderia engravidar de forma natural. Já se passavam cerca de cinco anos tentando.

Com o laudo médico em mãos, fui buscar ajuda nos hospitais que faziam fertilização gratuita. Outra saga começou: juntei todos os documentos e exames para me cadastrar. Fui ao TFD do estado para solicitar passagem aérea gratuita e consegui o contato de uma tentante em Natal, que se prontificou a ajudar com o meu cadastro no hospital.

Tudo parecia encaminhado, mas em 2022 recebi a notícia de que aquele seria o último ano para novos cadastros de pessoas de fora do estado. Para conseguir, eu teria que estar em Natal e apresentar documentos como se fosse moradora de lá — e essa moça se ofereceu para me ajudar em tudo.

Mas, nesse meio tempo, houve uma separação com o pai do bebê, e os documentos estavam com ele. Parecia que tudo estava dando errado: separação, impossibilidade de cadastro, exigência de moradia no estado... e meu corpo já estava no limite para uma fertilização.

Alguns meses depois, no mesmo ano, houve uma reconciliação. A moça ainda estava tentando concluir meu cadastro, e, como era tão difícil chegar até essa fase, nem comentei que tinha me separado. Deixei tudo seguir.

E então veio o milagre. No mesmo ano em que consegui chegar ao cadastro para fertilização, em 12 de outubro de 2022, eu e o pai do bebê fomos à procissão de Nossa Senhora Aparecida. Em oração, pedi que ela intercedesse por mim junto a Deus, para que eu conseguisse engravidar.

E, em dezembro de 2022, após alguns episódios de mal-estar, decidi fazer um teste de gravidez...
E o milagre aconteceu: eu estava grávida!
Engravidei de forma natural. Foi uma felicidade imensa — eu mal acreditava!

Comecei o pré-natal já com dois meses de gestação. No primeiro exame, ouvi os batimentos do meu bebê e tudo estava correndo bem. Porém, descobri que tinha diabetes gestacional, e, ao longo dos meses, também sofri com hiperêmese gravídica e várias infecções urinárias.

Fui internada três vezes para controle da diabetes e também por entrar em trabalho de parto com 34 semanas. Foi uma gestação de risco, mas, graças a Deus, meu bebê sempre esteve bem.

Até que, com 35 semanas e 5 dias, minha bolsa estourou de repente, sem sinal nenhum de trabalho de parto. Eu não sentia dor, nada... apenas a bolsa rompida.

Ao chegar no hospital, começou uma nova saga. Entrei em trabalho de parto às 9h da noite. Como sou alérgica a vários medicamentos, o parto seria normal. Mas, depois de muitas horas — já por volta das 7h da manhã do dia seguinte —, sem condições de parto normal, foi iniciada a cesariana.

Meu bebê nasceu ótimo, chorou muito e foi colocado no meu rosto para o primeiro contato. Mas, poucos minutos depois, o pai percebeu que ele estava ficando roxinho. Ele foi levado para outra sala, para acompanhamento do pediatra.

Fui levada para a sala de repouso, e lá me informaram que meu bebê estava na UTI neonatal, com desconforto respiratório.

No fim da tarde, pude ir até a UTI para vê-lo — sem contato físico. Passei alguns minutos com ele e saí. Assim foi durante os 13 primeiros dias do meu filho: visitas rápidas, pouco contato, e muita oração.

Até que, 13 dias depois, meu bebê recebeu alta.
Foi uma sensação de alívio, gratidão e fé renovada — a certeza de que Deus estava conosco em cada detalhe.

Hoje, meu bebê tem 2 anos e 4 meses, é cheio de saúde e faz acompanhamento por conta da prematuridade.
É um menino muito feliz, que me realizou como mãe.
Sou abençoada por ter o meu bebê milagre.

Responsabilidade do conteúdo por conta do autor, não reflete o posicionamento da ONG. Não nos responsabilizamos pela veracidade dos fatos.

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