22 de Janeiro de 2013

Maria Luísa, o milagre da vida


Queridas Danielle e Mallú: obrigada por agraciar nosso site, trazendo palavras de força e esperança a outras famílias através desta linda história. Um beijo grande e muita saúde para toda a família!

"Luta, vitória e alegria, 3 palavras que definem o meu pequeno e imensurável milagre. Sem planejamento algum descobri que estava grávida no dia 1º de setembro de 2010. Que susto e quanta emoção! Nem sei o que pensei naquele momento, só tenho a certeza de que chorei muito, chorei demais. A felicidade era grande, mas o peso da responsabilidade falava mais alto.

Porém, esse medo não durou muito e o desejo de toda a família, dos amigos e nosso, era muito maior. Comecei a amar a sensação de ter um ser dentro de mim. Pena que a parte boa durou muito pouco... Mal curti a barriguinha e embora a gestação tenha sido tranquila, uma pré-eclâmpsia no 7º mês trouxe muita preocupação. Inesperadamente, durante um ultrassom os batimentos do bebê caíram para 22 e de repente desapareceram. Foi um corre-corre imenso, transferência hospitalar, remoção aérea e fé. Muita fé e oração, já que medicinalmente nada haveria a fazer. Com muita persistência, e me segurando em todas as chances, a equipe médica tentou, o mais rápido possível, realizar o parto. Foi assim que, na mesma tarde, a Maria Luísa nasceu prematuramente com 1.315kg, 39 cm e sem vida. E, sem que nenhum dos médicos acreditasse em sua sobrevivência, ela foi reanimada e pra surpresa de todos, soltou seu 1º choro.

Mas, a luta estava só começando. Tive que enfrentar uma remoção área, muita tensão, muito choro: afinal tiraram meu bebê de perto de mim e nós estávamos a uns 400 km de distância. Nessa hora, apenas as palavras do Pai me consolavam. Mas não ficamos longe muito tempo. No mesmo dia, à noite, tive alta e viajei ao amanhecer. Assim, no dia seguinte a tarde lá estava eu na UTI Neonatal. Quão bom foi olhar para aquele rostinho sereno e ver naqueles olhos a força de uma pequena guerreira.

Começamos aí uma nova luta: ordenhar leite, sentir meu bebê apenas dentro da incubadora, ir pra casa a noite sem ela nos braços, despedir-me a cada 4 dias do pai da Mallú que ia para nossa cidade trabalhar e perceber que embora forte, eram poucas as gramas que ela ganhava a cada dia. Mas, com a força dos amigos e as muitas ligações e mensagens de texto, fomos nos fortalecendo e percebendo que aquela luta seria vencida com a força de Deus.


Assim, após 21 dias recebi uma ótima notícia: Mallú já podia ir para o quarto! Foi muito emocionante! Ao total, foram 6 dias até nossa alta, um dia maravilhoso que até hoje lembro. Nenhuma notícia melhor haveria, como a de segunda-feira dia 21 de abril de 2011, o dia em que minha filha veio para casa. A vigem foi longa, extenuante, mas recompensadora. Minha filha mais uma vez demonstrou toda garra e força que Jeová lhe concedeu, e mostrou que veio para ficar e testemunhar o milagre da sua vida.

Após 26 dias de UTI Neonatal e 40 dias de internação domiciliar, além de muitas noites em claro que foram compensadas com muitas alegrias a cada resultado de exame, a cada dia de vida.

Hoje 1 ano e 5 meses depois, não existem palavras que definam a felicidade de ser mãe. E, em especial, de um ser tão iluminado como minha filha. A cada minuto agradeço a Deus por tanta bênção, porque sei e sinto que, sem a mão poderosa Dele, não haveria vitória. Sua generosidade foi tamanha que a Maria Luísa não teve sequela alguma, é super inteligente, ativa, fala muito, anda, corre, brinca, se alimenta bem. E, o mais importante de tudo,demonstra a cada sorriso que entende o tamanho do nosso amor por ela e que nos ama de forma igual.

Embora o susto tenha passado, todos a nossa volta não conseguem se esquecer da nossa trajetória. Além de amigos e familiares, a equipe médica, a unidade hospitalar, a equipe do plano de saúde e a cidade em que moramos, admiram cada passo dessa vitória. Esse milagre não transformou apenas a nossa vida, mostrou-nos que embora problemas existam, confiados no poder de Deus, maiores são as vitórias."

Danielle, mãe da Maria Luísa.

Responsabilidade do conteúdo por conta do autor, não reflete o posicionamento da ONG. Não nos responsabilizamos pela veracidade dos fatos.

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