

09 de Dezembro de 2025
Gestação gemelar
Minha gestação gemelar monocoriônica diamniótica estava indo bem até as 23 semanas, quando descobrimos que as meninas estavam com transfusão feto-fetal. Fui internada e retiraram 7 litros de líquido da minha barriga. Uma semana depois, o líquido havia retornado.
No dia 25/01/2024, fizemos uma cirurgia para ablação das anastomoses placentárias, que teve sucesso. Porém, dois dias depois, em 27/01/2024, com 25 semanas de gestação, perdi uma das gêmeas, a Beatriz.
O médico explicou que, se fosse feita uma cirurgia para retirada da gêmea que havia falecido, correríamos um grande risco de perder a Bianca também. Assim, seguimos mantendo a gestação pelo máximo de tempo possível.
No dia 13/02/2024, a bolsa rompeu e foi necessário fazer uma cesárea com 28 semanas. Nasceu a Bianca, com 1.220 g e 33 cm, indo diretamente para a UTI devido a problemas respiratórios. Já no primeiro dia, começou no CPAP, mas logo se agravou e precisou ser entubada por 24 horas, retornando depois para o CPAP.
Com 7 dias de vida, Bianca pegou uma infecção, sendo necessário usar 4 tipos de antibióticos, sem sucesso inicial. Como não havia mais locais para pegar acesso venoso, foi colocado um acesso PICC. Ela enfrentou quedas de saturação, apneias, anemia, precisando de 3 transfusões de sangue, e retinopatia.
Foram dias muito difíceis: 30 dias de UTI neonatal e mais 27 dias de berçário, até finalmente recebermos a tão sonhada alta. Dois meses depois, porém, voltamos para a UTI novamente devido a uma bronquiolite associada à anemia, necessitando de nova transfusão de sangue e mais dias de CPAP.
Foram mais 8 dias internada, até que Deus nos permitiu voltar para casa novamente. A partir daí, tudo correu bem.
Hoje, Bianca tem 1 ano e 10 meses, é cheia de saúde, sem sequelas, anda, fala de tudo e enche nossa vida de alegria.


