08 de Outubro de 2025

Agindo Deus, quem impedirá

No dia 16/10/2024, durante a ultrassom morfológica, foi constatado que eu tinha incompetência do istmo cervical (IIC). Apenas 5 mm impediam meu bebê de 22 semanas de vir ao mundo. No mesmo dia, fui internada, e minha médica disse que o risco de parto prematuro era muito grande e que eu deveria fazer uma cerclagem. Dois dias depois, fiz este procedimento, durante o qual a bolsa foi estourada. Nesse momento, a UTI Neo me avisou que um bebê de 22+2 era inviável e que meu filho iria morrer, porque a maior parte das mulheres entra em trabalho de parto após o rompimento da bolsa.

Naquele dia, estava muito aflita, e uma enfermeira disse: “Posso orar por vocês?”. Eu disse que sim. Ela pediu por um milagre. Depois disso, houve uma corrente de oração e até jejum pelo meu pequeno filho, para que a gestação seguisse o máximo possível.

Passei 3 dias no CTO, e o parto não veio. Fiz ultrassom ao sair e vi que a situação era grave: ele estava com oligoâmnio extremo, quando não resta quase nada de água e nem se consegue contabilizar. O tempo foi passando, e a cada 48 horas eu fazia exame de sangue para acompanhar o PCR, até que cheguei às 24 semanas. No dia seguinte, tive muita dor, e todos acharam que era o trabalho de parto se iniciando. No entanto, estava com cálculo renal, e a dor era insuportável.

Com 25 semanas, já não aguentava mais de dor e fui encaminhada para o setor de urologia. Fiz ressonância e, após o procedimento, eliminei uma pedra. No dia seguinte, quiseram me levar para fazer cirurgia para desobstruir a uretra, o que poderia colocar a vida do meu bebê ainda mais em risco, pelo risco de sepse. Todavia, como eu havia eliminado a pedra logo após o exame, não precisei da cirurgia — decidiram acompanhar meu quadro.

Os dias foram passando, e a eliminação do cálculo ocorreu até as 28 semanas. Com 28 semanas, a quantidade de líquido amniótico se tornou normal e permaneceu assim até o final. Com 29 semanas, meu marido e minha mãe ficaram com covid, e eram eles que cuidavam de mim no hospital diariamente. Houve um pavor de que eu entrasse em trabalho de parto, mas eu não peguei o vírus.

Com 30 semanas, um painel do hospital teve um curto e pegou fogo, e precisei evacuar do hospital pela escada, em razão da fumaça — sendo que havia semanas que eu não andava. Depois disso, disse a Deus que a história do meu filho já estava muito emocionante, não precisava de mais. Ele ouviu, e tudo foi tranquilo até 34 semanas, quando a pediatria quis fazer o parto do meu filho, e eu insisti que queria continuar.

A minha obstetra concordou em continuar, porque o PCR de 34 semanas veio zerado, o que não tinha ocorrido durante toda a gestação. Com 36 semanas, em 22/01/2025, Davi Emanuel veio ao mundo, pesando 2,530 kg e medindo 45 cm. Não teve corio, não precisou de UTI, não teve hipoplasia pulmonar. Ele veio perfeito, para honra e glória de Deus.

Mando esse relato porque, durante minha hospitalização, li várias histórias de milagre e pensei comigo mesma: “Um dia contarei das obras de Deus também e darei um testemunho e encorajamento para outras mães.”

Responsabilidade do conteúdo por conta do autor, não reflete o posicionamento da ONG. Não nos responsabilizamos pela veracidade dos fatos.

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