07 de Junho de 2011

Histórias Reais: um milagre chamado Aninha


     "Somos Elaine e Mauro, pais da Ana Cristina, somo casados há 10 anos e planejávamos ter filhos assim que concluíssemos a faculdade e foi assim. Quando eu estava no penúltimo período comecei a procurar um médico para fazer exames a fim de saber se estava gozando de saúde para gerar um bebê e nenhum me dava atenção, dizendo que era exagero, passavam ácido folíco e mandavam parar com o remédio e pronto , até que encontrei uma médica que me pediu uma ultra trans e foi aí que tudo mudou e começamos a ver nosso sonho se distanciando.
     O médico que fez a ultra foi usado por Deus, pois não era o exame ideal mas visualizando a imagem ele suspeitou de uma má formação uterina chamada útero bicorno, o que significa que tenho dois úteros, viu também que eu tinha vários miomas, me aconselhou a continuar investigando. Daí por diante realizei vários exames e passei por vários médicos que não acreditavam na possibilidade de uma gravidez, dizendo que até poderia acontecer, mas nunca tinham visto um caso desse. Um dos médicos me aconselhou fazer uma cirurgia para juntar os úteros, só que as cicatrizes poderiam me impedir de engravidar ou se romper durante a gestação, mas era um risco a correr para engravidar, claro que não aceitei.
     Um dia conversando com uma amiga, ela me indicou sua médica, fui meio sem esperança, mas me surpreendi, pois ela me disse: "nós fazemos nossa parte e Deus faz a dele", e começou com novos exames e remédios, levei menos de seis meses e engravidei. Alegria total e já na oitava semana quando tive o primeiro sangramanto e fui fazer uma ultra, graças a Deus estava tudo bem e ainda descobrimos que não era apenas um bebê e sim dois, um em cada útero, daí em diante tive várias complicações como três descolamentos de placenta, vários sangramentos e o mais assustador é que as contrações utrerinas começaram ainda nos 2° mês, resultado fui internada algumas vezes e fiquei em repouso absoluto desde então e para me locomover para o médico usava cadeira de rodas.


     Sem sair do leito consegui chegar a 27° semana de gestação, pois a bolsa rompeu  e no dia 04 de fevereiro de 2011 nasceram Ana Cristina com 980 gr e 37 cm e Felipe 930gr e 37cm, mas o menino não resiltiu e só viveu por 36 horas.

     Aninha resistiu bravamente por 2 meses na uti neo natal, mas foram dias muitíssimo angustiantes vendo nossa filha tendo várias apnéias, hemorragia intracraniana e aguardando o canal arteiral fechar, refluxo e a ansiedade de vê-la fora do respirador, depois evoluiu para o CPAP e posteriormente para o hood e finalmente respirando sozinha, mas ainda fazendo algumas apnéias.
     Cada dia era uma vitória saber que ela ganhava apenas 10gr, e a festa era nossa e de toda equipe, médicos, fisioterapeutas e enfermagem que de forma muito especial tentavam tornar a situação o mais leve possível. Como é uma guerreira ela venceu as dificuldades respiratórias e saiu da uti com 2010gr no dia 14 de abril de 2011 respirando, mamando muito bem e hoje já podemos ter em nosso lar o nosso sonho concretizado tendo Aninha, nosso milagre, em nossos braços."




     Elaine Santos, mãe da Aninha.




Responsabilidade do conteúdo por conta do autor, não reflete o posicionamento da ONG. Não nos responsabilizamos pela veracidade dos fatos.

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