

15 de Abril de 2011
Gustavo Teixeira, nosso primeiro bebê do "Histórias reais"
"Me chamo Patrícia Teixeira, sou técnica de enfermagem, tenho 35 anos, sou casada e tenho um filho de 3 anos e 8 meses.
A gravidez do Gustavo transcorria muito bem até o dia 16 de julho de 2007 (sim, esta data ficou gravada em minha memória), quando estava com 28 semanas de gestação. Foi durante uma ecografia de rotina que a médica fez a pergunta fatídica: houve perda de líquido?? Então minhas preocupações começaram.
Estávamos com oligôdrâmnio (pouco líquido amniótico), foi necessário afastar-me das minhas funções e manter um relativo repouso, evitando principlamente o stress. Daí em diante, foram litros e litros de água de côco e muita, mas muita água, para tentar, em vão, aumentar o ILA (índice de líquido amniótico).
Até que na madrugada do dia 15 de agosto (precisamente à meia noite) entrei em trabalho de parto. A minha angústia começou neste momento, ele nasceu às 08:29 da manhã desse mesmo dia, pesando 1900g, medindo 42cm com 32 semanas de gestação.
Foi para CTI Neonatal, como já era esperado, mas para minha surpresa comportou-se muito bem não precisando nem de oxigênio. No outro dia pela manhã, já estava mamando no peito, no entanto, dois dias depois começou com o seu comportamento de prematuro, como me disseram.
A minha aflição só aumentava, EU QUERIA LEVAR MEU BEBÊ PARA CASA, ele começou a ficar mais sonoleno, mamava muito pouco no peito, caía a saturação quando lhe ofereciam complemento e para completar teve que entrar na fototerapia, ficando mais sonolento ainda. Perdeu peso e entrei em desespero, mesmo sabendo que isso já era previsto. A sensação de não ter seu neném contigo no quarto enquanto todas as outras mães os têm, é muito ruim, só quem foi mãe prematura sabe disso, é muito angustiante e frustrante dormir sozinha no quarto e olhar para o lado e não ver aquele bercinho tão esperado.
Mas ao final de longos 15 dias, o meu Gustavo atingiu o peso de 2060g e fomos liberados para irmos para casa, com certeza, foi o dia mais feliz da minha vida.E hoje, com a graça de Deus e a competência do pediatra dele, está tudo bem, ele é um guri muito saudável e falante."
Patrícia, mãe do Gustavo.



