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O auditório Teotônio Vilela, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo recebeu, na segunda-feira 11 de novembro, especialistas, entidades e famílias para debater os desafios da prematuridade na vida de mães e crianças paulistas. O evento faz parte da campanha "Novembro Roxo", mês internacional de sensibilização sobre a causa.
Promovida pela deputada Marina Helou, em parceria com a Associação Brasileira de Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Bebês Prematuros (ONG Prematuridade.com), a audiência pública discutiu os pontos de atenção e os números sobre a prematuridade em São Paulo. Foram abordados os caminhos para a garantia do acesso à Saúde e as iniciativas do Poder Público para essas famílias.
Participaram da mesa a Deputada Marina Helou, Marianna Sampaio, chefe de gabinete da Deputada, Tatiani Valois (mãe de prematuro), Dra Lilian Sadeck (Sociedade de Pediatria de São Paulo), Dr Renato Kfouri (Sociedade Brasileira de Imunizações), Enfermeira Vilma Luz (Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo), Sr Joaquim (representante da Saúde da Criança do Governo Estadual), Dr Mario Burlacchini (Hospital das Clínicas FMUSP) e Denise Suguitani (ONG Prematuridade.com).
Um dos temas abordados pelos convidados foi a importância da busca por equidade na vacinação dos prematuros como estratégia de diminuição de internações hospitalares recorrentes entre essa população, que é mais vulnerável a doenças e infecções do que bebês que nascem a termo.
Abrilhantou o evento a fala da Tatiani Valois, bem como o depoimento da Amanda Flinco, também voluntária e mãe de prematuro. Outros voluntárias presentes foram Bruna Lima, Jennifer Macedo, Isamara Varela, Gabrielle Sauini e Monica Mendes.
São Paulo tem cerca de 11% de taxa de prematuridade, número que vem crescendo nos últimos anos e serve como alerta para ação imediata.
"A prematuridade é a principal causa de óbito em crianças de até cinco anos de idade", destacou a secretária do Comitê Estadual de Vigilância à Morte Materna e Infantil, Vilma Luz. Além disso, a especialista também alertou para os fatores de risco para o quadro, como o tabagismo, que leva ao aumento da taxa de prematuros nascidos. "Temos dados preliminares de 2023 e 2024, mas, por enquanto, o que a estatística nos mostra é que nós estamos em aumento", afirmou.
Atualmente, o Brasil está entre os dez países com as maiores taxas de nascimento de bebês prematuros, com cerca de 300 mil bebês nascendo antes da 37ª semana de gestação todos os anos, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
Proponente do evento e mãe de uma criança nascida prematura, a deputada Marina Helou falou sobre sua experiência e sobre a necessidade de campanhas de conscientização. "É muito importante essa rede de proteção para que esses bebês possam se desenvolver da forma mais saudável possível e para que essas mães possam ter seus direitos e seu acolhimento", afirmou a parlamentar.
Além disso, a parlamentar também é autora da Lei 17.954/2024, que institui o Dia Estadual da Prematuridade, em 17 de novembro.
A necessidade da qualificação da atenção pré-natal e a vacinação foram destacadas durante o encontro. "O cuidado pode ser profundamente transformador para o resto da vida daquela criança", disse Marina Helou. "A Assembleia está aberta para que a gente possa, juntos, trabalhar para reduzir o número de prematuros e para que cada bebê tenha seus direitos preservados e o melhor tratamento possível", completou.
Na ocasião também foi lançado o Calendário de Imunização do Prematuro com os personagens da Turma da Mônica, em parceria com o Instituto Mauricio de Sousa e apoio da Sanofi.
A ONG Prematuridade.com agradece a parceria do mandato da Deputada Marina e o apoio fundamental da voluntária Monica Mendes para o sucesso da audiência.
Fonte: adaptado de ALESP
Assita a transmissão da audiência na íntegra, abaixo ou nesse link.
