

15 de Novembro de 2023
A vinda inesperada da Aurora
Estava tratando de uma doença no rim, já tinha feito vários ultrassons e até um beta, mas nenhum confirmou que estava grávida, sempre dava negativo. Foi aí que retornei com meus exames e no último abdômen total, no dia 08/02/2023, o médico me relatou que tinha algo diferente e fiquei preocupada, achei que estava com problema sério. Como tinha perdido uma tia para o câncer a menos de 1 ano, fiquei bem tensa mas ali ele não me disse nada. Chegando em casa não tinha mais sono e passei a madrugada ruim. De manhã fui ao médico e lá ele me disse que estava grávida, não acreditei, e então ele me disse que já estava com 27 semanas e com 3 centímetros de dilatação. Me assustei com tudo isso, fui internada, me deram remédio pra segurar e fiquei por 8 dias de repouso total. Depois disso voltei pra casa, não podia mexer em nada, era repouso absoluto. E aí minha barriga começou a crescer, passado os 15 dias tive novamente um começo de aborto e fui direto para o hospital.
Me internaram e eu já estava com 29 semanas e 4 dias, em pleno 29 de fevereiro de 2023, disseram que meu filho seria bissexto. Me falaram que não eram contrações, que era somente porque eu não estava indo ao banheiro normalmente. Mas aquela dor era intensa e eu sangrava muito, já estava com 5 de dilatação e ele querendo fazer lavagem em mim, quando todos saíram para pegar os equipamentos veio aquela dor forte tomando conta de tudo. Fiz tanta força que dava pra ver a cabecinha do bebê, rapidamente minha mãe chamou todos pra sala e foi aí que comecei a entrar em trabalho de parto. No dia 01/03/2023 nasce aquela linda bebezinha com choro tão forte, tão linda, a minha Aurora. Aquela emoção vou levar para o resto da minha vida, só queria saber se ela estava bem e rapidamente a levaram pra incubadora e eu estava a toda hora com ela. Me limparam e fui ao encontro dela, tão pequena e linda. Ficamos um bom tempo na neonatal, ela pegou uma infecção por conta da demora pra nascer, engoliu muita sujeira mas tudo é no tempo de Deus.
Esperei até Ele me dizer que podia levá-la pra casa, não tínhamos pressa pra nada, sabia que ali estava sendo bem cuidada. Tinha horas que a gente passa por choros, medo e tudo, mas uma coisa eu sei que em um turbilhão de sensações tem que ter coragem e fé pelo seu filho ali. É tanta coisa que você vê e ouve, uma mãe ajudando a outra a acalentar na tristeza, a sorrir na alegria e aplaudir quando chega a hora de ir embora. Isso vou levar pro resto da minha vida. Hoje eu sou a mãe mais feliz desse mundo!


